Ninu ohun ti a fi ise ara l'oso ni OSÚN ati LÀÁLÌ. Awon yoruba l'o ni asa Osùn kikun yi ní ikáwò. Ibi a ba gbe nse àjoyò oyé tabi ti iyawo tabi ti omo titun l'a ti nkun Osùn. (dentre as coisas que usamos no trabalho para o corpo o feiticeiro invoca Osún !!!
sábado, 13 de outubro de 2012
YAMI
O culto é passado de forma Oral, de geração em geração, pois acredita seus sacerdotes que a palavra verbalizada possui um “alto valor” no poder de transmitir o “Asé”, força contida nos ensinamentos herdados de seus antepassados.
Mitologicamente as Ìyàmì são conhecidas como “ÈLÈYÈ” (mulher pássaro), aquelas que usaram mal seu poder mágico e por isso tiveram de entregar para Òrìsàálà o seu Igba-Nla (cabaça mágica recipiente que guarda o poder), para que ele fizesse um bom uso do poder da criação.
Enquanto elas estão com energia positiva elas são chamadas e tratadas como ÌYÀMÌ (Grande Mãe), mas quando estão na forma negativa são aplacadas e chamadas ÀJÈ (Bruxas). A energia das Ìyàbá são energias tão complexas que chegam ter criticas na sociedade onde há culto à elas. O culto de Ìyàmì Òsòròngá é comum nas comunidades Yorubanas entre as mulheres idosas que depois passam para as mulheres mais jovens a fim de ter continuidade do culto.
Existem tipos de Ìyàmì Òsòròngá, como por exemplo:
Ìyàmì Òsòròngá – Awo Shefun ou Funfun – São mulheres que usam tudo branco inclusive os animais para sacrifício, Elas são mais Positivas do que as outras Iya. Ìyàmì Òsòròngá – Awo Dudu – São Iyà que usam tudo Preto e que carregam tanto o positivo quanto o negativo depende da invocação. Ìyàmì Òsòròngá – Awo Pupa – São Iya que usam tudo vermelho. Elas como as Iya Dudu têm tanto o poder positivo quanto o negativo, dependendo da invocação.
Ìyàmì é frequentemente denominada Èlèyè (donas de pássaros). O pássaro sempre foi o emblema do poder da “feiticeira”; é recebendo-o que uma mulher se torna uma Ìyàmì-Àjè (Mãe que possui o poder sobrenatural). É simultaneamente que um Espírito e o Pássaro (sobrenatural) vão fazer os trabalhos benéficos ou maléficos, isso depende da moral do praticante. De forma que durante as expedições do pássaro, o corpo da “Feiticeira (o)” permanece imóvel em casa, ou seja, ela fica inerte (dormindo) na cama até o momento do retorno da Ave sobrenatural (poder). Toda mulher iniciada com culto das Ìyàmì “possui uma cabaça que contém o pássaro chamado”, akalamabo, considerado o Pássaros mais Sagrado. A força do Pássaro é o que conduz o Espírito de uma “Feiticeira” até seus destinos. Citemos um Ofo-Ìyàmì-Àjè,esse processo iniciatico é longo, A INICIADA LEVA 9 ANOS DE APRENDIZADO ARDUO,DEPOIS DESSE PERIODO PODE SE SER CHAMADA DE SACERDOTISA DO CULTO, é importante que tenha humildade, discernimento e muita sabedoria pois as ajés atacam muito neste período para testa las ,é fundamental o acompanhamento de sua Sacerdotisa para direcionar neste período.... Akalamabo é pássaro bonito e elegante,
pousa suavemente nos tetos das casas, e é silencioso.
“Mas, se a pessoa diz que é pra matar, eles matam,
se ela diz pra devorar os intestinos de alguém, “devoram".
O pássaro envia pesadelos, fraqueza nos corpos, doenças, dor de barriga,
levam embora os olhos (visão = Inteligência) e os pulmões das pessoas,
Produz dores de cabeça e febre, não deixa que as mulheres engravidem,
e não deixa as grávidas darem à luz.
Durante o período de uma iniciação que pessoa passa ao lado das Àjè, ela entende qual é o verdadeiro sentido de ser uma “perita neste assunto”, porque todo ensinamento é dado oralmente por meio de Cânticos e cada verso de saudade, opressão, liberdade, cada um simboliza uma história. As Ìyàmì têm participação ativa nos três mundos.
1º Do ÒRUN (todos os mitos relatam a vinda do Òrun, mundo espiritual) para o ÀIYÉ.
2º Mundo dos vivos, elas participam de tudo e fazem de tudo, elas se transformam em qualquer coisa ou ser, se transformam se passando até por um Egungun ou Orisa. Normalmente que tem não sabe.
3º No Ori Inu, na MENTE de cada individuo, é por isso que facilitam o poder de atrair ou afastar o mal, até a morte. Mas é no ÀIYÉ que essa força tem acesso pleno ao mundo invisível e permanente, trazendo sua ação e resultados no presente, embora o Poder controlador venha de fora.
Para existir um Poder que neutralize a força negativa, é preciso que alguém as manipule. Então, possessão pela força física não é possível, porque elas se transformam em pássaros, da mesma forma que ficam em cima de Árvores, essas forças também pousam sobre a cabeça do ser humano e podem se transformar em qualquer coisa, desde um Egun até em Orisa, se passando por tal durante toda uma vida, manipulando aquele que desconhece tal possibilidade. A relação dessas forças (Ajè) com os Pássaros é tão inerente, por isso, Elas não entram em conflito com os Iwins (Espíritos das árvores), de tal forma que o Pássaro é seu meio de comunicação em todos os sentidos.
As mulheres Sacerdotisas de Ìyàmì se reconhecem pelo olhar, pelo cheiro, como também se transformam para o encontro com as iguais. Elas não mandam nos Pássaros porque Elas são os próprios Pássaros. Quando uma Pessoa adquiriu ou recebe esta forma, ela passa a ter duas almas, dois corações: a primeira é a de ser humano com seus desejos e sentimentos normais, a segunda é a que permite sua transformação, porque sua aquisição altera a estrutura mental da pessoa. A pessoa passar a ser um(a) ATIBÈYÈ ,“Aquela que recebeu o Pássaro (poder)”, e com o pássaro ela irá conviver dentro dela. Isso só é possível através da iniciação. Existem duas formas de se trabalhar com as Ìyàmì: a primeira é criar/gerar essa força, e para isso existem encantamentos e os próprios feitores desse Poder sabem disso; a segunda é usar essa força no cotidiano para a cura, prosperidade e para soluções de problemas até mesmo àqueles mais complicados. Para tanto é preciso conhecer sua própria natureza, os meios para se chegar até ela, e colocar em pratica sua ação.
Nuca se sabe como esta o humor das grandes mães, por conta disso todo cuidado é pouco.As Ìyàmì não são comparadas nem cultuadas por intermédios de Òrìsà femininos, por exemplo, pois os poderes de Iyami são formas impessoais muito diferentes. Geralmente as mulheres que cultuam os Òrìsà femininos fazem isso com muito carinho, envolvidas emocionalmente exaurindo sua força. Mas pode-se dizer que as Ìyàmì são Orisa, e ao mesmo tempo não são Òrísà, somente seres, forças. Os encantamentos das Ìyàmì, utilizados no Culto, fazem referencias às características e forças instintivas que existem nos animais, na natureza. Todo animal pertence ao Universo sobrenatural, e o ser humano não vive o mesmo mundo deles: sua lógica e sua realidade, tanto espiritual quanto física, são bem diferentes. Poderes sobrenaturais são formas de aproveitar tudo o que existe na Natureza. As Ìyàmì têm domínio e acesso a tudo isso, mas do que quaisquer outros seres.
Quando uma oferenda é feita ao Pé de uma árvore (Igí), as Ìyàmì são chamadas de Onile-Origi e quando elas se alimentam do Èbò pegam o problema da pessoa para elas.
Ao pedir para tirar a morte do caminho, não se trata apenas de morte física, mas sim evitar o fim de alguma coisa.
Uma pessoa que tenha esse poder, se não tiver conhecimento dele, pode estar sendo manipulada para o Bem ou para o Mau. As ÀJÈ têm seu próprio Universo, e quando são requeridas são as únicas forças que respondem de imediato. O que vem formar um conceito muito complexo. Quando a pessoa possui ou passa a adquirir essa força, ela tem de tomar muito cuidado para ser Feliz na Vida, seja com amigos, com família, profissão, filhos, amor, com sua própria vida em sua totalidade. Principalmente através das palavras. Ifá diz que a palavra é como um ovo atirado ao chão, que se quebra revela a sua riqueza, (poder de construção). Ou ainda, palavra é como um ovo que ao cair se quebra e jamais se reconstitui, (poder de destruição).
Invocar o poder das Ajè não é como chamar uma pessoa ou entidade ,mas sim a força que elas representam. Sempre haverá defesa para um Mal que tenha sido feito contra quem a cultua. As sequelas e consequência irão recair sobre quem primeiro deflagrou o processo “mau”. Existe uma relação intrínseca entre Òrúnmìlà-Ifá e Ìyàmì-Òsòròngá. No culto de Ifá existe o Odu Òsà-Mejì, que conta como o Odu das Iyami. É este o Odu que revela aos humanos os problemas turbulentos com as Ìyàmì e também mostra os caminhos para solucionar tais problemas. O mesmo Odu que fala de pessoa que tem grande necessidade de Assentar ou Cultuar Ìyàmì Òsòròngá quando elas favorecem ou perturbam a pessoa, isso ocorre porque as vezes a pessoa tem a energia delas sem saber e, assim não podem controlar o positivo ou o negativo que elas irradiam, seja através da mente, atitudes ou palavras. As vezes este poder é tanto, que acaba fazendo mal a si mesma, normalmente autodestrutivo.
Iyámi é a forma aglutinada do culto da ancestralidade feminina. Esta imensa massa energética que representa o poder feminino é cultuada na Sociedade Geledé. Assim como Orô e Egungun que somente podem ser cultuados por homens, Iyámi somente pode ser cultuada por mulheres.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Olá bom dia; ótimo texto, simples e objetivo com as coisas devem ser.
ResponderExcluirBoa Noite eu gostei muito do seu texto eu gostaria de saber se existe mais textos sobre o culto delas, obrigada Solange de Oxum, sua bençã!
ResponderExcluirENTAO PODE SE DIZER QUE DE FORMA ALGUMA UM HOMEM TEM A ENERGIA DE YAMI , NAO PODE CULTUAR ?
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNão é apenas no Odú Osá que estão inseridos esclarecimentos sobre as Iyami, muitos outros Odús também apresentam importantes revelações.
ResponderExcluirPierre Verger escreveu uma coletânea dessa tradição oral, inserida no corpo literário do Ifá, que lhe foi transmitido por Babalawos do passado e em África.
Apesar da linguagem intruncada e hermética, essa coletânea está acessível a qualquer um, sendo atualmente as principais referências sobre as Iyami.
E não é verdade que homens não possam cultuar Iyami, isso irá depender do Odú e do Orixá deste indivíduo. Em alguns momentos, haverá realmente a necessidade da presença de uma mulher, mas o culto em si abrange ambos os sexos.
Durante o Festival Efé-Gelede, os mascarados que saem à rua são homens. Inclusive as máscaras mais relevantes (raramente documentadas), que podem ser consideradas verdadeiros assentamentos, também serão animadas por homens. A cúpula desta sociedade é constituída por mulheres, mais muitos homens são nela admitidos. Pois os òsó e as àjés nela se irmanam.
Gostaria muito de me iniciar, mas ñ sei como, um Babalawo me deu esse Odu e irei fazer essa semana um Ipese para elas, mas só isso que ele pode fazer, iniciação ñ.
ResponderExcluirPoderia me orientar?
Gostaria muito de me iniciar, mas ñ sei como, um Babalawo me deu esse Odu e irei fazer essa semana um Ipese para elas, mas só isso que ele pode fazer, iniciação ñ.
ResponderExcluirPoderia me orientar?
só pode iniciar quem já é feito no santo?
ResponderExcluirTenho 10 anos de sto sou de ndandalunda e estou procurando quem cultua para ser iniciada...
ExcluirÓtimo texto. Amei
ResponderExcluirÓtimo texto. Amei
ResponderExcluir