terça-feira, 6 de setembro de 2011

ANCESTRAL


Acredito que com o passar do tempo tem havido uma maior conscientização, bem como divulgação das reais funções do Culto Ancestral, tanto que muitos já concluíram que sem a presença de nossa Ancestralidade não somos nada, não teríamos vivido, na verdade o que realmente existe e a necessidade de colocarmos a Ancestralidade no local aonde ela merece, em um patamar digno, sem falsos dogmas ou misticismos, para que a mesma deixe de ser temida, ou até mesmo de ser algumas vezes motivo de falácia, e seja sim, respeitada, viva e presente.
Acredito ser importante para a compreensão do tema aqui proposto, que num primeiro momento se defina o que venha a ser Ori:
Considerando enquanto divindade pessoal, Ori é de fato a divindade mais importante do panteão, dado que, seja qual for o empenho de outras divindades em favorecer determinada pessoa, todo e qualquer progresso dependerá sempre do que for sancionado por Ori. Todos nasceram com um destino para realizar, entretanto isso não significa que sejamos meros joguetes nas mãos de forças inteiramente deterministas.
O homem tem poder de tomar em suas mãos as rédeas do curso da própria existência e participar de modo responsável de seu desenrolar, através da busca da ampliação da consciência e dos conhecimentos e através do desenvolvimento disciplinado da vontade.
As realizações fundamentais da existência dependem não apenas de inclinações naturais ou da sorte, mas também de esforços pessoais que, aliados à força do destino promovem o desenvolvimento e constroem o homem forte, rico em saúde, genitor de prole numerosa e possuidor de respeitáveis recursos materiais (prospero), ou seja, um homem respeitado e estimado por todos benévolos, participante, responsável pela construção de seu grupo comunitário.
Tendo-se compreendido preliminarmente o que segundo a visão Tradicional Africana, venha a ser este ùnico Òrìsà individual, se faz necessário frisar que segundo o que cremos, este Ori é definido antes mesmo do próprio nascimento, ou seja, no momento exato da criação. E em última análise podemos compreender que é ele o responsável por nossa existência no Aiye. A função vital, que interage junto ao Orí é o Emí, permitindo que este se perpetue, uma vez que o mesmo está associado ao nosso duplo no Òrun ( egbé ), sendo assim, independente de que ciclo o Emí esteja associado, o mesmo circula entre o Òrun e o Ayé, criando um movimento e assim a possibili

dade de movimentação concreta dessa energia. Assim sendo, de acordo com nossas ações no Ayé, podemos assumir a condição de um ancestral venerável, tendo participação concreta nas escolhas e caminhos de nossos descendentes.Acredito que com o passar do tempo tem havido uma maior conscientização, bem como divulgação das reais funções do Culto Ancestral, tanto que muitos já concluíram que sem a presença de nossa Ancestralidade não somos nada, não teríamos vivido, na verdade o que realmente existe e a necessidade de colocarmos a Ancestralidade no local aonde ela merece, em um patamar digno, sem falsos dogmas ou misticismos, para que a mesma deixe de ser temida, ou até mesmo de ser algumas vezes motivo de falácia, e seja sim, respeitada, viva e presente.
Acredito ser importante para a compreensão do tema aqui proposto, que num primeiro momento se defina o que venha a ser Ori:
Considerando enquanto divindade pessoal, Ori é de fato a divindade mais importante do panteão, dado que, seja qual for o empenho de outras divindades em favorecer determinada pessoa, todo e qualquer progresso dependerá sempre do que for sancionado por Ori. Todos nasceram com um destino para realizar, entretanto isso não significa que sejamos meros joguetes nas mãos de forças inteiramente deterministas.
O homem tem poder de tomar em suas mãos as rédeas do curso da própria existência e participar de modo responsável de seu desenrolar, através da busca da ampliação da consciência e dos conhecimentos e através do desenvolvimento disciplinado da vontade.
As realizações fundamentais da existência dependem não apenas de inclinações naturais ou da sorte, mas também de esforços pessoais que, aliados à força do destino promovem o desenvolvimento e constroem o homem forte, rico em saúde, genitor de prole numerosa e possuidor de respeitáveis recursos materiais (prospero), ou seja, um homem respeitado e estimado por todos benévolos, participante, responsável pela construção de seu grupo comunitário.

Tendo-se compreendido preliminarmente o que segundo a visão Tradicional Africana, venha a ser este ùnico Òrìsà individual, se faz necessário frisar que segundo o que cremos, este Ori é definido antes mesmo do próprio nascimento, ou seja, no momento exato da criação. E em última análise podemos compreender que é ele o responsável por nossa existência no Aiye. A função vital, que interage junto ao Orí é o Emí, permitindo que este se perpetue, uma vez que o mesmo está associado ao nosso duplo no Òrun ( egbé ), sendo assim, independente de que ciclo o Emí esteja associado, o mesmo circula entre o Òrun e o Ayé, criando um movimento e assim a possibilidade de movimentação concreta dessa energia. Assim sendo, de acordo com nossas ações no Ayé, podemos assumir a condição de um ancestral venerável, tendo participação concreta nas escolhas e caminhos de nossos descendentes.

Se você tem sua própria ancestralidade e, portanto raiz, por que cultua somente a dos outros? Não seria esta a hora de avaliar melhor a questão?
O que vem a ser a Ancestralidade e por que a devemos Cultuar?

A Ancestralidade é algo concreto, e ao cultuarmos a mesma, abrimos um leque de possibilidades e um constante ciclo de renovações de nossas energias, uma vez que a manifestação energética do culto se encontra em constante movimento. É Raiz, portanto caminho. Ela nos traz a realização pessoal e o sucesso! Nada se pode fazer sem a Ancestralidade, pois sendo raiz é ela quem sustenta toda a arvore. Então sem Ancestralidade, sem RAIZ! Todos têm Ancestrais a louvar. Vamos agora definir o que sejam os Ancestrais, são todos aqueles que um dia possuíram sua energia vital no Aiye, e que repassa esta sua energia à sua descendência, garantindo assim a perpetuação da mesma. Ao Cultuarmos Bàbá Egún, reforçamos nossa crença na reencarnação, e através desse fenômeno evocamos a sua presença uma vez que dentro da essência desse culto cremos que todos, a principio sempre voltarão ao Ayé, pois nosso Emí é imortal. Por mais poderosa que seja Ikú(ojegbe-alaso-ona), a mesma não destrói o homem, mas age apenas como um agente de transformação e renovação dos ciclos entre o Òrun e o Ayé. Podemos concluir que, enquanto existir o homem, tempo e o desejo, haverá o Culto a Babá Egún.
Todos têm pai. Temos mãe. Temos avô. Temos avó. E assim por diante. Então por certo TEMOS Ancestralidade! Compreendido isso, podemos facilmente deduzir então que não só podemos como devemos cultuar nossos Ancestrais. Uma vez que somos o resultado da soma de saberes de nossos Antepassados, destes herdamos o inconsciente coletivo e com ele as informações legadas nele, e é por esta determinante maior, que os devemos louvar.

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